quarta-feira, 28 de março de 2012


Sociedade de Cardiologia questiona uso de armas Taser

Armas de eletrochoque são chamadas de não letais, mas causaram três mortes no último mês


TONINHO ALMADA/ARQUIVO HOJE EM DIA
taser
Armas de eletrochoque são utilizadas pela Guarda Municipal de BH


A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) alerta que apenas pouco mais da metade dos estudos científicos sobre armas de eletrochoque aponta que o equipamento é seguro. O aparelho Taser foi usado em dois casos que resultaram em mortes nas últimas duas semanas.

No dia 18, o estudante brasileiro Roberto Laudisio Curti, de 21 anos, foi morto por policiais em Sydney, na Austrália. No domingo, Carlos Barbosa Meldola, de 33, morreu após ser atingido por disparos de policiais militares em Florianópolis.

A SBC cita um levantamento publicado no American Heart Journal, que revisou 50 pesquisas sobre a arma Taser. "Enquanto 96% das pesquisas feitas por encomenda do fabricante ou pesquisadores a ele ligados concluem que o aparelho é seguro ou bastante seguro, apenas 55% das pesquisas desenvolvidas por fontes independentes concluem pela segurança da Taser", explica o diretor do Comitê de Emergências Cardiovasculares da Sociedade, Sergio Timerman.

Para o cardiologista, o levantamento também destaca a falta de confiabilidade em pesquisas que não são totalmente independentes. Quando a Taser é ativada, um sistema de ar comprimido dispara dois ganchos com eletrodos, que entram na pele do alvo e fecham uma corrente elétrica. O impulso paralisa temporariamente os movimentos do suspeito. O cardiologista não nega que armas não letais são necessárias. "Mas é difícil conseguir uma arma que tenha efetivamente a característica de ser não letal". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




segunda-feira, 26 de março de 2012


Emagreça e proteja seu 

coração comendo farinha 

de berinjela
21 de julho de 2010  10h25  atualizado às 10h31



De acordo com um projeto desenvolvido pelo Departamento de Nutrição da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a farinha de berinjela é um importante suplemento para a redução de alguns fatores de risco cardiovasculares como a dislipidemia, gordura corporal e visceral, pressão arterial sistêmica e altas concentrações de ácido úrico, e para o emagrecimento.
Para se chegar a esta conclusão, foram estudadas 14 mulheres entre 30 e 45 anos, ambas apresentando obesidade, adiposidade central, excesso de gordura corporal e alterações na pressão arterial sistêmica. Estas mulheres foram divididas em dois grupos para fins de comparação:
Grupo A
As mulheres deste grupo foram submetidas, durante 60 dias, a uma dieta hipocalórica (de baixa caloria) com a suplementação de 14g de farinha de berinjela por dia.
Grupo B
Este grupo foi submetido a mesma dieta, durante 60 dias, porém, sem a suplementação com a farinha.
De acordo com Glorimar Rosa, coordenadora do departamento de Nutrição da UFRJ e responsável pela pesquisa, o primeiro grupo apresentou uma redução significativa da circunferência da cintura das voluntárias e o emagrecimento de seis quilos (média), reduzindo o risco de doenças metabólicas como diabetes tipo 2, além da diminuição da concentração sérica de ácido úrico, fatos que não ocorreram no segundo grupo.
"Além de ajudar no emagrecimento, a farinha de berinjela é um suplemento importante para a redução dos fatores de risco cardiovasculares. Portanto, logo que tenhamos a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, daremos início a pesquisa propriamente dita, empregando suplementação por um período de tempo maior em um número maior de participantes, para obtermos resultados mais promissores", disse Glorimar.
A nutricionista Priscila Cardoso Meirelles, especialista em alimentação funcional e consultora da Longevid, fabricante de farinha de berinjela, completa que um dos maiores riscos para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares é o elevado nível de colesterol no sangue, conhecido como hipercolesterolemia. "A farinha de berinjela auxilia, sobretudo, na redução dos níveis de colesterol LDL do sangue e dos níveis de glicose. Além disso, apresenta leve ação diurética, melhoria do funcionamento intestinal, auxílio nos tratamentos de artrite e reumatismo e redução dos níveis de triglicerídeos do sangue", afirmou a nutricionista.
Redação Terra

terça-feira, 6 de março de 2012


Mutirão contra a obesidade infantil


Diante dos dados cada vez mais alarmantes sobre a obesidade infantil no Brasil, equipes do Ministério da Saúde iniciaram ontem um mutirão em 22 mil escolas públicas de 2.000 cidades brasileiras para alertar os estudantes contra os perigos da vida sedentária aliada aos maus hábitos alimentares.

Durante toda a semana, profissionais do Programa Saúde da Escola vão pesar e medir os alunos, calcular o Índice de Massa Corpórea (IMC) e encaminhar os que estiverem com excesso de peso para as Unidades Básicas de Saúde, onde serão examinados e orientados. O trabalho é o primeiro de uma série do programa Semana de Mobilização Saúde na Escola, lançado em uma escola de Belo Horizonte pelo Ministério. A previsão é que mais de 5 milhões de alunos com idade entre 5 e 19 anos sejam atendidos até sexta-feira.

Estudo da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SDEM) mostra crescimento preocupante dessa epidemia, principalmente entre as crianças, nos últimos 20 anos. O sobrepeso já atinge 34,8% dos meninos e 16,6% das meninas de 5 a 9 anos, contra 15% e 11,9% em 1989. No mesmo período, a obesidade saltou de 4,1% para 16,6% entre os garotos nessa idade, e de 2,4% para 11,8% entre as garotas. O secretário de Atenção à Saúde do Ministério, Helvécio Magalhães, disse que o problema necessita de intervenção “o mais rápido possível”. “Temos que agir agora para não termos uma geração futura de obesos, hipertensos, diabéticos, com riscos cardiovascular, renal e cerebral aumentados”.

De acordo com ele, é mais fácil tratar a obesidade nas crianças e adolescentes, por isso o governo decidiu abrir o novo programa com esse tema. As famílias também serão convidadas a visitar as UBS para conhecerem os serviços ofertados. Magalhães explica que elas são capazes de resolver até 80% dos problemas de saúde das pessoas, desafogando hospitais de referência da região.

A presidente do Departamento de Obesidade da SBEM, Rosana Radominski, analisa que, nas crianças, a velocidade, em termos de excesso de peso e obesidade, está muito maior do que nos adultos. “Isso tem a ver com a mudança da cultura. Hoje, tem uma inversão nutricional”, afirmou, lembrando que a renda das famílias cresceu, mas não trouxe junto uma educação familiar para que a alimentação fosse corrigida. (Agência Estado)