Apresentação
A SBC vem trabalhando, ao longo dos anos, para arrecadar recursos financeiros suficientes para subsidiar tanto os projetos científicos da Organização, como aqueles voltados para a comunidade de nosso país.
Entretanto, devido a constante necessidade destes recursos financeiros, tanto quanto de voluntários e serviços, foi desenvolvida esta apresentação global de nossas atividades, buscando parceiros e colaboradores de forma contínua e constante, para que os resultados a médio e longo prazo sejam efetivamente alcançados.
Além das atividades anuais permanentes aqui discriminadas, tais como bolsas de estudo / aperfeiçoamento / pesquisa, dias temáticos de conscientização, campanhas de prevenção, treinamentos e etc, foi também desenvolvido um projeto piloto denominado "Prevenção e Epidemiologia no Brasil", visando a radiografar a atual situação do país sobre a incidência e prevalência dos fatores de risco na população brasileira e também a sua prevenção.
Fazer PREVENÇÃO em um país de dimensões continentais, traria um grande impacto econômico, visto que a longevidade geraria maior vida produtiva, sem citar que os custos investidos na medicina preventiva são exponencialmente inferiores aos da medicina curativa.
Assim, um Comitê foi formado para estruturar, estudar, revisar, ampliar, aperfeiçoar e informar medidas e resultados nesta área de Prevenção e de Epidemiologia das Doenças Cardiovasculares, em especial das cardiopatias, em todo o Brasil.
Portanto, alguns eventos estão sendo elaborados para contribuir nesta tarefa de arrecadação imediata. Estamos buscando, também, parcerias continuadas em projetos de médio e longo prazo e patrocinadores que queiram investir na saúde cardiovascular dos brasileiros, na melhor qualidade de vida e na responsabilidade social.
Conheça um pouco do nosso trabalho e a grande razão para
você investir na SBC !
SBC mais perto do seu coração !
Objertivo
O Programa Nacional de Prevenção e Epidemiologia é um programa que tem por finalidade implantar no território brasileiro uma extensa e permanente divulgação das cardiopatias, de suas causas e dos elementos que aceleram o aparecimento dos eventos cardiológicos, para toda a população brasileira. Ao mesmo tempo fazer um real levantamento epidemiológico de alguns fatores de risco de cardiopatias que mais atingem a nossa população.
Na PREVENÇÃO, o projeto deverá ter um programa visando uma ampla divulgação das medidas preventivas para as Doenças Cardíacas, com o objetivo de mudar a incidência e/ou prevalência dos fatores de risco. Vale ressaltar que enquanto novos dados epidemiológicos não forem conhecidos, as medidas preventivas serão baseadas nas informações atualmente conhecidos mundialmente, adaptados para a realidade nacional.
Na EPIDEMIOLOGIA, sabe-se que as informações existentes no Brasil são restritas e pouco completas, pois foram colhidas em poucas cidades e estados, ficando aquém da realidade brasileira. Este projeto tem como objetivo atingir estatisticamente e cientificamente um número mais exato possível daquele que já existe, para que as medidas preventivas possam ser efetivamente planejadas e desenvolvidas.
Quanto mais próximo chegarmos da realidade, maiores e melhores condições teremos de se levantar resultados. E estes poderão ser usados para o benefício de toda a população de nosso país, através de Órgãos Públicos Federais, Estaduais e Municipais, parceiros deste projeto, bem como na otimização dos esforços feitos nas campanhas e programas de prevenção .
Assuntos e temas do programa
O Programa Nacional de Prevenção e Epidemiologia irá trabalhar baseando-se nos atuais conhecimentos epidemiológicos, brasileiros e mundiais, aplicados à realidade nacional e visando:
Fatores de Risco para a Cardiopatia Isquêmica ou doença das coronárias:
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)
Dislipidemias (colesterol)
Fumo
Exercício / Sedentarismo
Obesidade (dietas)
Duas doenças muito freqüentes no Brasil:
Febre Reumática
Doença de Chagas
Em uma investigação de ponta:
Cardiologia Fetal (investigação de cardiopatias no feto em mulheres com gravidez de risco)
A mulher e as cardiopatias:
Hormônio na mulher (menopausa)
Foco
Tendo em vista a complexidade do assunto e da extensão territorial de nosso país, a Sociedade Brasileira de Cardiologia elegeu 04 (quatro) temas – fatores de risco de doenças do coração -principais para serem trabalhados inicialmente:
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)
Fumo
Exercício / Sedentarismo
Cardiopatia Fetal
A atuação deste Programa se dará em todas as camadas sócio-econômicas, especialmente os centros populacionais de maior densidade, cobrindo todos os Estados da União nas suas 10 (dez) principais cidades.
Ações
Formação da estrutura básica na SBC, com seus Comitês e Grupos de Estudos.
Divulgação em todos os meios de comunicação das regiões onde o trabalho estiver sendo desenvolvido, com o suporte da Assessoria de Imprensa da SBC.
Parcerias com as redes federal, estadual e municipal de saúde e de educação para divulgação e aplicação.
Publicações e palestras para as Associações de Bairros e Entidades de Classe, buscando voluntariado, conscientização e divulgação.
Prevenção e epidemiologia (conceitos)
Prevenção - É procurar e utilizar métodos para prevenir doenças e/ou suas complicações, aplicáveis em uma população ou em um indivíduo. Ela é feita em três estágios ou etapas: PREVENÇÃO - É procurar e utilizar métodos para prevenir doenças e/ou suas complicações, aplicáveis em uma população ou em um indivíduo. Ela é feita em três estágios ou etapas:
Prevenção Primária - É a prevenção de uma doença, em uma população ou no indivíduo, que ainda não é portador da doença.
Prevenção Secundária - É fazer prevenção em uma população ou indivíduo que já é portadora da doença, mas não sabe e mesmo não tem sintomatologia dela.
Prevenção Terciária - É agir em uma população ou em um indivíduo já portadora da doença e com manifestações desta.
EPIDEMIOLOGIA – É uma disciplina de investigação interessada na distribuição e nos determinantes das doenças em populações.
CONCEITO DE FATOR DE RISCO - Fatores de Risco são causas e fatores agravantes das doenças. São causas direta de uma determinada doença, bem como indicador de probabilidade, predição e prognóstico. É um fenômeno contínuo.
CARDIOPATIA ISQUÊMICA - É a doença das coronárias que poderá causar a morte súbita, o infarto do miocárdio, a angina de peito e arritmias malignas. CARDIOPATIA ISQUÊMICA - É a doença das coronárias que poderá causar a morte súbita, o infarto do miocárdio, a angina de peito e arritmias malignas.
Alguns dados estatísticos
Óbitos por doença cardiovascular no Brasil: 34% ( 1/3 por doença das coronárias)
Colesterol alterado: 42% dos adultos brasileiros
Fumantes: 35,85%
Obesos: 32%
Hipertensos: 15%
Chagásicos: 6 a 8 milhões
O Japão – que possui a menor mortalidade por doença cardiovascular no mundo – tem um índice de 42 óbitos por 100 mil habitantes; no Brasil, a proporção é de 160/100 mil
No Brasil - 300 mil óbitos anuais no Brasil, representando 820 óbitos por dia.
No Brasil - as 3 doenças que mais matam no Brasil:
No Brasil - as 3 maiores causas de internações hospitalares:
Circulatórias
Respiratórias
Digestivas
Considerações Gerais
Somente os esforços combinados de saúde pública para toda a população, com os esforços clínicos dos médicos, para com seus pacientes e familiares de alto risco, poderão controlar as doenças cardiovasculares.
A investigação médica tem identificado nos hábitos da cultura humana moderna os transtornos que propiciam esta enorme epidemia que é a Cardiopatia Isquêmica, como seguem: dieta rica em gorduras totais, em gorduras saturadas e colesterol, sal, açúcar refinado; em grande número de países, consumo relativamente baixo de nutrientes essenciais: potássio, matéria fibrosa, antioxidantes, algumas vitaminas; freqüentemente ingestão de calorias acima das necessidades calóricas para a atividade física. A esta transformação alimentar se associou o tabagismo em suas várias formas de agir (no fumante e no não fumante vizinho); somou-se o sedentarismo das atuais atividades físicas profissionais e prazeres (musica, TV, informática). Estes fatores de risco: hábitos alimentares, colesterol, fumo, obesidade, sedentarismo, somados a hipertensão arterial (pressão alta) se enquadraram dentro dos fatores de risco maiores para as doenças cardiovasculares como um todo.
Estas considerações iniciais dizem respeito à necessidade de uma maior atenção para a EPIDEMIOLOGIA das doenças cardiovasculares. A partir de um melhor conhecimento de como as doenças crônico-degenerativas começam a se instalar e a se desenvolver, a prevenção primária se torna uma obrigação da medicina moderna. Assim como as doenças infecto-contagiosas começaram a ser efetivamente eliminadas através de vacinas, as doenças cardiovasculares deverão ser controladas (muito provavelmente não eliminadas ou curadas, como se conseguiu com as vacinas) através de medidas preventivas, tanto primárias como secundárias e com uma efetiva terapêutica para a prevenção terciária.
Atualmente a terapêutica das doenças cardiovasculares é dirigida quase que em sua totalidade para a prevenção secundária e terciária, ou seja, dirigida a uma população que já tem a doença, mas sem manifestações clínicas (o chamado assintomático) e a uma população já doente com manifestações e complicações, que naturalmente é um percentual bem menor que os sadios, mas seguramente com idade mais avançada. O investimento na saúde em quase sua totalidade, é feito nesta parcela da população já portadora da doença. O certo seria dizer que o investimento é feito na doença desta parcela da população.
Já existem dados demonstrando os benefícios da prevenção primária e da secundária: a American Heart Assotiation, nos Estados Unidos, afirma que entre 1983 e 1993 houve uma diminuição de 29.7% na mortalidade por infarto agudo do miocárdio. Estes dois dados se deve principalmente as modificações no hábito de fumar, na redução da ingestão de gorduras saturadas e no uso de aspirina e trombolíticos.
É importante que os profissionais da saúde se conscientizem da importância da medicina preventiva para as doenças crônico-degenerativas pois, com os conhecimentos atuais, ela pode ser realizada com efetividade e eficácia, principalmente, se os Órgãos Públicos e as Entidades Médicas aplicarem seus esforços na preservação da saúde ou seja, investirem na saúde, melhorando a qualidade de vida e encurtando o período de doença.
E chamamos a atenção também para que a comunidade brasileira adote uma postura de vida através da conscientização e valorização da prevenção; que as empresas e entidades, cuja missão incorpora também a responsabilidade social, investam recursos e investimentos na área da saúde. Sem este esforço comum e solidário, dificilmente conseguiremos melhores resultados nesta batalha. Saúde Pública é obrigação de todos. Com melhor qualidade de vida poderemos desfrutar muitos anos de saúde e estender a longevidade dos brasileiros.
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